As pesquisas eleitorais influenciam nas urnas? É possível “entrevistar” uma base de dados de milhares de linhas? O que é Machine Learning e como ele pode contribuir pra investigações jornalísticas? Como verificar a fila de atendimento no SUS a partir de dados públicos? Como conseguir evidências ou boas histórias utilizando bases de dados públicas? Que tal usar a linguagem R para analisar políticas governamentais?
Essas são algumas das perguntas que o time de especialistas convidados pela Open Knowledge Brasil irá responder na 3ª edição da Conferência Brasileira de Jornalismo de Dados e Métodos Digitais.
O evento, realizado em parceria com a Google News Initiative, é o primeiro do Brasil focado em jornalismo de dados e reúne alguns dos melhores profissionais do mercado para trocar ensinamentos e experiências sobre a área. Ele acontece nos dias 10 e 11 de novembro na ESPM, em São Paulo.
Dentre os nomes confirmados estão Sarah Cohen, ex-editora da equipe de dados do New York Times, indicada a três Pulitzers e vencedora de um; Jeremy Merril da ProPublica, premiadíssimo veículo norte-americano de jornalismo investigativo com dados; Alberto Cairo, referência internacional quando o assunto é visualização de informações; Fernanda Viegas, PhD pelo MIT Media Lab e pesquisadora sênior em inteligência artificial no Google; e Neale El-Dash, cientista político fundador do Polling Data.
Durante o evento serão ministrados workshops de colaboradores do IBPAD sobre computação visual e ferramentas de análise de dados.
10 DE NOVEMBRO
Jaqueline Buckstegge – Sócia-Diretora de Pesquisa
Análise de Texto Jornalístico com IramuteQ
Com a intensidade da atual disponibilidade de dados, principalmente dentro de corpus jornalísticos, fica cada vez mais importante trabalhar com ferramentas e técnicas de análise mais avançadas para exploração léxica e semântica. O IramuteQ é um software que ajuda no processamento de um número grande de textos de forma rápida e ajuda no processo de análise exploratória de dados.
Pré-requisito: Familiaridade com Excel
Recomendação: instalação do próprio IramuteQ (https://www.slideshare.net/IBPAD)
10:45
Guilherme Jardim Duarte – Editor de Dados do Jota e Professor IBPAD
Análise exploratória de dados com Tableu Public
Nesta sessão você vai aprender a modelar dados para a web, criar uma variedade de mapas, tabelas e gráficos, combinar seus gráficos em um painel interativo e publicá-lo na web. Tudo isso utilizando o Tableau Public, um software gratuito que permite que qualquer pessoa transforme planilhas em visualizações de dados que vão impressionar sua audiência.
No dia 11 de novembro Guilherme participará também da “Pesquisas Eleitorais: o que elas disseram (e não disseram nessas eleições)” com mais dois especialistas que irão debater o papel das pesquisas eleitorais nos resultados das urnas este ano.
13:30
11 DE NOVEMBRO
Taís Oliveira – Professora IBPAD
Mapeamento científico no Google Acadêmico com StArt
O mapeamento de fontes acadêmicas é uma etapa essencial para o trabalho de jornalistas e cientistas sociais.
Porém é necessário ir além do básico e explorar as possibilidades de bancos de catálogos digitais, como Scielo, Capes e Google Scholar que possibilitam maior praticidade na busca dessas referências.
Essa prática é otimizada a partir do uso de ferramentas de coleta e organização de dados, como o StArt. Em alguns passos a ferramenta auxilia no planejamento, execução, categorização e visualização de dados obtidos em revisões sistemáticas. Aprenda todas as etapas para manusear o StArt.
Recomendações: Instalar o StArt http://lapes.dc.ufscar.br/tools/start_tool
10:45
Tarcízio Silva – Co-fundador e Diretor de Pesquisa em Comunicação IBPAD
Computação Visual em Ciências Sociais e Jornalismo
A Computação Visual hoje é um campo em crescimento e disseminação graças à oferta do recurso através de APIs desenvolvidas por empresas como IBM, Google, Amazon e Microsoft, além de inúmeras startups. O workshop apresentará mapeamento dos principais recursos disponíveis e aplicações nas ciências sociais e jornalismo do ponto de vista de profissionais não-desenvolvedores. O objetivo é demonstrar possibilidades, limites, tendências e vieses possíveis de recursos como reconhecimento de objetos, entidades e ações; análise de expressões emocionais; mapeamento de circulação de imagens e outros.
15:10
Serão mais de 60 horas de workshops, apresentações e oficinas práticas para quem tem interesse em jornalismo de dados e humanidades digitais. Os ingressos são limitados e estão à venda com valores de R$ 250 e R$ 300.
Além das mesas e dos workshops práticos, o Coda.Br vai ter espaços de networking sobre dados abertos, bootcamps de 6h para quem deseja aprender a programar em Python ou R e sessões de mentoria no estilo “Traga seu problema”, onde os participantes vão poder tirar dúvidas de projetos em andamento ou já realizados.
Para saber mais sobre a programação da Conferência basta acessar o sita https://codabr.sched.com/.
SERVIÇO
3ª Coda.Br
Data: 10 e 11 de novembro
Valor: R$ 250 para estudantes e R$ 300
Inscrições e mais informações: coda.escoladedados.org
Local: ESPM – Rua Dr. Álvaro Alvim, 123 – Vila Mariana