Desde abril de 2020 o Google divulga o relatório de mobilidade. A iniciativa fornece informações sobre as mudanças no deslocamento de comunidades durante a pandemia do novo coronavírus. Na prática, é possível saber, por exemplo, se o movimento nas farmácias de São Paulo diminuiu mais do que nas do Distrito Federal.
A base de dados utilizada para gerar as estatísticas é populada pelos usuários que ativaram a configuração do histórico de localização em seus smartphones. Segundo o Google, a tecnologia para anonimizar as informações conta com adição de ruído artificial ao conjunto de dados, o que tornaria impossível identificar e individualizar um usuário durante a produção do relatório e manipulação do material. 

Como saber se meus dados estão sendo captados?

É preciso checar se o seus histórico de localização está ativado, existem ao menos dois locais rápido para descobrir. 
O primeiro é dentro do controle de atividades da sua conta, onde você escolhe quais são os dados opcionais que vão ser disponibilizados. Para saber quais dados você está deixando a empresa colher, acesse: https://myaccount.google.com/activitycontrols?hl=pt_BR

atividade na web e apps google
Com essas opções ativadas, o Google sabe quantas vezes você abriu o Whatsapp, o Instagram, se você comprou na Amazon, etc

O segundo é olhar direto sua linha do tempo. A ferramenta mostra as datas e os lugares que o usuário visitou. Em alguns casos, é possível ver até as fotos que você tirou em determinados lugares. Veja quais rastros você tem deixado por aí: https://www.google.com/maps/timeline
A princípio, desta maneira tão individualizada, só você vai ter acesso aos dados. Mas, se quiser tornar público, basta fazer a exportação do arquivo .KML e subir para o Google My Maps.
como se move

Quais os dados o Google capta sobre a minha localização?

A empresa afirma que usa os dados para oferecer recursos como rotas de carro ou horários de filmes que estão perto, mas não elenca todos os usos detalhadamente na página principal de Políticas de Privacidade. 
Enfim, focado em localização são basicamente quatro informações mineradas: GPS, endereço de IP, dados do sensor do seu dispositivo (ex: acelerômetro e giroscópio) e informações de itens próximos do dispositivo (pontos de acesso Wi-Fi, torres de celular e dispositivos com Bluetooth ativado)
A página da Política de Privacidade do Google é amigável, vale a penar ler com mais atenção.  Acesse: https://policies.google.com/privacy?hl=pt-BR#infocollect 
Para quem quer conhecer outra forma de consumir informações de mapas, o OpenStreetMap é uma alternativa ao Google Maps. O projeto é focado em dados livres e editáveis. Também pode ser uma boa alternativa para empresas e prefeituras. 
Na última sexta feira (12/6) o IBPAD promoveu uma conversa sobre mapas, pandemia e visualização de dados. Confira a live completa no Youtube.

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