Reputação, propósito social e coerência nas ações são termos cada vez mais presentes no universo das decisões de marcas e empresas. Além dos desafios de posicionamento frente aos problemas da sociedade, surge também a necessidade de compreender o que as pessoas pensam sobre este assunto. Para mensurar a avaliação dos consumidores sobre isso, a Inpress Porter Novelli, em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), lançou a 1ª edição da pesquisa PPI – Purpose Premium Index, adaptada para a realidade social e cultural do Brasil.
O estudo tem como objetivo apresentar uma perspectiva geral sobre como as empresas são avaliadas pelas pessoas a partir das dimensões da reputação e do propósito. Por meio da análise das 100 maiores corporações no Brasil, de vários segmentos da economia, além da coleta de informações de uma amostra representativa de 3.990 participantes, foi possível encontrar informações úteis para guiar empresas e outras organizações quanto ao desenvolvimento de estratégias que tenham propósitos.

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A metodologia da pesquisa já é aplicada em outros países, como Estados Unidos e Austrália, foi aplicada no Brasil pela primeira vez este ano e buscou mensurar a opinião da sociedade brasileira sobre como o propósito das empresas pode influenciar o comportamento das pessoas e também a reputação das organizações.

Resultados

A pesquisa mostrou que a maioria absoluta das pessoas entrevistadas, 90%, confiam muito mais em empresas que mostram ter propósitos frente à sociedade. Além disso, 88% dos respondentes mencionaram que preferem adquirir produtos e serviços de empresas que defendem valores para além dos lucros. Já 74% da amostra disseram que costumam pesquisar sobre empresas e organizações antes de decidir pela compra.
Entre os segmentos da população, aqueles que se encontram nos níveis socioeconômicos DE, aqueles que têm apenas Ensino Fundamental e os moradores da Região Norte destacam-se pela maior aderência aos atributos ligados ao Propósito das empresas. Outra questão está relacionada às gerações: enquanto a Geração X) pessoas entre 35-44 anos) perdoaria os erros das empresas, os Millenials (25-34 anos) são mais sensíveis a observar a coerência entre as ações e os propósitos das organizações. Pessoas do nível socioeconômico AB e com nível superior de escolaridade acreditam que as empresas não podem compensar os impactos negativos de suas operações com filantropia.
Quanto à avaliação das empresas por parte dos entrevistados, poucas delas foram associadas ao conceito de Empresa com Propósito (EcP), o que pode indicar ausência de propósitos ou mesmo a falta de comunicação sobre as ações desenvolvidas. Nesse quesito, 76% das empresas não foram a associadas ao conceito de EcP; 18% das empresas se dividem entre estar ou não estar alinhadas com a ideia de EcP; e somente 6% das empresas foram associados com o conceito pela maioria das pessoas (ao menos 60% dos entrevistados).
Além disso, os propósitos sociais das empresas também são importantes para o ambiente interno. O estudo demonstra que 73% das pessoas sentem-se mais satisfeitas em trabalhar com empresas que contribuem para o desenvolvimento social e ambiental do país. De outro modo, 51% delas dizem estar dispostas a deixar a empresa que não se mostra comprometida com as causas que diz defender.

 

Relatório completo

Para saber mais sobre os quesitos, bem como as diferenças entre cada um dos segmentos sociais contidos na amostra, faça download do material gratuitamente no site da pesquisa.