Lançada hoje (14/7), a Science Pulse é uma ferramenta gratuita de social listening feita para conectar jornalistas ao debate científico nas redes sociais. A iniciativa ajuda a popularizar conteúdos e personalidades da academia. O que importa para o mecanismo são os assuntos e autoridade de quem fala, então a quantidade de seguidores fica em segundo plano.

Como funciona?

A plataforma recolhe os tweets sobre temas científicos (ex: #covid19, #saneamentobasico) e mostra os profissionais que estão falando sobre o assunto. Também capta sobre o que os cientistas estão falando (e está repercutindo dentro da comunidade) sobre qualquer outro tópico. Assim, fica mais fácil os jornalistas produzirem pautas e escutarem especialistas que já estão tentando expandir um determinado tema.
science pulse trends
Esta primeira funcionalidade está disponíveis em inglês, espanhol e português e considera tweets publicados nas últimas 24 horas.
Outra possibilidade é olhar a popularidade de um termo específico entre os cientistas. Ou seja, tem alguém de confiança falando sobre aquela pauta que eu nem sei como começar?
science pulse topics
Por fim, além de ajudar a escutar fontes mais assertivas e olhar tendências de debate na comunidade científica, a Science Pulse serve para explorar novas possibilidades de pautas. As abas Tweets e Profiles permitem filtros avançados para entender e buscar o debate sobre qualquer assunto entre os perfis considerados científicos.
science pulse profiles

Metodologia 

Os perfis cadastrados na plataforma foram considerados científicos baseado na bio que exibem no Twitter. Para encontrar os cientistas, especialistas, organizações e iniciativas foram utilizados três métodos: 

  1. Pessoas foram convidadas para sugerir perfis (crowdsourcing);
  2. Identificação de perfis verificados no Twitter e checagem de perfis que eram seguidos por estas contas;
  3. Consulta a listas de perfis de cientistas no Twitter feitas por universidades e jornalistas.

A coleta de dados é constante e atualizada a cada 15 minutos, respeitando os limites de API gratuita do Twitter. Segundos os desenvolvedores, o objetivo é conseguir incluir outras redes sociais.
Para sugerir um novo perfil científico, basta preencher o formulário com até quatro novas sugestões. 

Quem desenvolveu?

O projeto foi desenvolvido pelo Volt Data Lab, agência de pesquisa e análises que atua no setor de mídia e comunicação orientada por dados. O suporte na área de jornalismo é feito pela agência Bori, que assim como a ferramenta busca conectar o conhecimento produzido por cientistas à imprensa.  
A iniciativa é patrocinada pelo International Center for Journalists com suporte da Knight Foudantion, pelo programa Knight Fellowship.
Você pode entrar em contato pelo sciencemonitor@icfj.org para dar feedbacks, fazer comentários ou só conversar sobre a iniciativa.