É inegável que os profissionais de Inteligência estão percebendo que a interdisciplinaridade, seja com tecnologia ou ciências sociais e psicologia, é fundamental para sua qualificação e aprimoramento no campo. Equipes de Social Media, por exemplo, são formadas cada vez mais por membros de backgrounds diversos e por uma curiosidade sem fim por novas ferramentas e metodologias de pesquisa.
Mas o que nós não podemos esquecer é que ainda existem alguns groundstones que garantem a gestão de conhecimento na área. Insights não comunicáveis não se tornam acionáveis em nenhum ponto da nossa estratégia. Nesse sentido, trabalhar com algumas ferramentas básicas é essencial.
E o que é mais essencial e lindo que Excel?
O software é a base de qualquer análise e gestão de dados e, quando bem explorado, garante que algumas de nossas hipóteses sejam testadas. Por isso, está na hora de jogar o medo dele pela janela e entender cinco coisas maravilhosas que ele pode lhe trazer, para além só daqueles gráficos que todo mundo conhece.
#1: Fórmulas Gerais
Para você que não gosta muito de matemática e que fica inseguro na hora de dar resultados em seus relatórios, o Excel calcula tudinho que você precisa.
Mas o melhor é que, para além de contas normais, as fórmulas também nos ajudam naqueles problemas cotidianos na gestão de nossas bases de dados. Quem nunca teve que mudar datas em planilhas extraídas no Netvizz no braço? Um segredo? Excel faz isso para você o/
#2: Menu Dados
Uma das funcionalidades mais legais do Excel, o Menu Dados, muitas vezes é subutilizado quando estamos gerindo nossas planilhas. Ele nos ajuda a importar dados que não estão em extensão .xlsx, ajuda a encontrar inconsistências e a limpar problemas na base.
Muitos dos downloads de bases de dados que fazemos não vem na extensão do Excel. Algumas Ferramentas Nativas e Plenas de Monitoramento já exportam seus arquivos em .xlsx, mas quando trabalhamos com Ferramentas Acadêmicas ou exportações de dados complementares, geralmente um .csv nos impede de continuar a análise. Isso acaba aqui, porque o “Obter Dados Externos” nos deixa explorar qualquer estrutura básica de dados.
#3: PROCV
Mesmo sendo mais uma das fórmulas do Excel, o PROCV (e seu amigo PROCH) merece destaque por salvar nossa vida cotidianamente. Muitas vezes, informações se repetem em matrizes de dados diferentes e temos que retomar dados já alimentados previamente. Fazer isso manualmente demora muito tempo, o que não temos em reports de inteligência. O PROCV é um comando que retorna dados de outra matriz, seguindo um controle especificado pela alimentação.
#4: Vínculo entre Planilhas
Além do vínculo entre diferentes tabelas que o Excel permite pelo PROCV, também é possível criar vínculos entre diversas planilhas do mesmo documento. Isso quer dizer que não é só de DataStudio que nossos Dashboards são construídos. Na ausência de alguém de TI que crie algo mais elaborado, podemos alimentar um documento com dados atualizados cotidianamente.
O mini Dashboard C, representado na figura acima, pode ser criado a partir da utilização de fórmulas, como referenciado na imagem A, que remetem a uma planilha de dados brutos do mesmo documento (B).
Isso permite criar um painel de resumo de cada documento para pesquisas rápidas, reduzindo o tempo de feedback cotidiano.
#5: Tabela Dinâmica
Talvez a função que mais utilizamos do Excel, as Tabelas Dinâmicas nos ajudam a resumir dados de forma mais rápida, possibilitando o controle de qualquer dimensão (variável) disponível na base de dados.
A lógica da construção das tabelas é simples, como mostramos na imagem abaixo: você seleciona um intervalo de dados (1), seleciona as variáveis que quer que a tabela agrupe (2), e ainda pode selecionar algum tipo de cálculo para o retorno dos valores nas células (3).
O resultado? Você pode entregar as métricas semanais nos reports já calculadas e prontinhas para uma análise quali mais profunda. Isso implica menos tempo gasto com a parte mecânica da análise de dados e mais tempo para você brilhar como analista de verdade.
É claro que Excel não esgota todas as nossas possibilidades, mas ajuda muito no cotidiano e pode nos ajudar a criar um pensamento mais voltado para analisar dados, e quem sabe?
Talvez aprender a programar em R seja o próximo passo.