Game of Thrones é uma obra gigantesca que construiu um universo próprio cheio de história, línguas, geografia, política, personagens, redes e bestiário próprio. Como um grande universo da cultura pop, movimenta bilhões de dólares, milhões de fãs e alguns milhares de… pesquisadores! Sim, muitos pesquisadores tem usado o universo de #GoT para gerar mais informações sobre a série, seus personagens, relações políticas, relações de gênero, literatura e audiovisual. Veja abaixo 10 estudos sobre temas interessantes:
Estudando a audiência de Game of Thrones com etnografia baseada em vídeo – Exploring the Game of Thrones audience using video-based ethnography
O Caminho do Meistre: o projeto transmídia do seriado televisivo Game of Thrones – por João Araújo e Inara Rosas
Este artigo analisa o projeto transmídia desenvolvido pela empresa Campfire para a primeira temporada de Game of Thrones, uma série televisiva produzida e distribuída pelo canal de televisão americano HBO. Antes disso, contudo, procedemos a uma discussão preliminar de questões como cultura de fãs, bem como a uma aproximação ao próprio fenômeno das narrativas transmídia. Uma vez finalizada a análise, concluímos que dentro de um projeto como este ainda é impossível separar absolutamente produtos que enfatizam a expansão do universo ficcional daqueles que podem ser considerados mormente estratégias de marketing.
Leia em http://www.simsocial2012.ufba.br/modulos/submissao/Upload/44910.pdf
Game of Thrones, Rape Culture and Feminist Fandom – por Debra Ferreday
Throughout its run, HBO’s adaptation of George RR Martin’s A Song of Ice and Fire book series, retitled Game of Thrones (GoT), has attracted controversy for its depiction of nudity and graphic sex and violence. But a particular recent scene, in which a brother rapes his sister, caused outrage in media and fan commentary. This article considers the scene in question, and feminist responses to it, in the context of wider cultural debates about rape culture and the media representation of sexual violence. Following Sarah Projansky’s argument that rape is a ‘particularly versatile narrative element’ that ‘often addresses any number of social themes and issues’, I read GoT and its online fan responses alongside literary theories of the fantastic, to examine how dominant rape culture discourses are both reproduced and challenged in fan communities. In particular I argue that fan narratives both reproduce discourses of masculinity and futurity that contribute to rape culture, but also provide a potential space for change through speaking out about silenced experiences of trauma.
“De westeros no #vemprarua à shippagemdo beijo gay na TV brasileira”. Ativismo de fãs: conceitos, resistências e práticas na cultura digital por Adriana Amaral, Rosana Vieira Souza, Camila Monteiro
Resumo: A partir do entendimento de que o ativismo de fãs é uma forma de resistência no âmbito criativo e cultural, buscamos aqui discutir a mobilização desses grupos de fãs em prol de seus ídolos, bem como discutir sobre como a busca por intimidade e a relação de proximidade celebridade/fã são propulsoras de uma série de atividades que delineiam, (re)definem e ultrapassam as fronteiras do fandom. Observamos, a partir de reflexão teórica sobre tais fenômenos e discussão de exemplos do cotidiano, como o rico universo das práticas e produções digitais desse universo – fanfics, fanvids, fanzines, etc. – produzem eventos socioculturais – “rolezinho”, crowdfunding, fanmadesem protestos – ressignificando o que entendemos como resistência e problematizando a dualidade existente entre o “mundo do consumo e da cultura pop” e o “mundo da cidadania”.
Leia em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1982-25532015000100141&script=sci_arttext&tlng=pt