É muito comum em grupos de discussões na internet que profissionais que trabalham ou que vão começar a trabalhar com monitoramento peçam indicações de ferramentas para executar o trabalho. Por mais que a ideia de utilizar recomendações de quem já tem experiência na área seja coerente, é importante refletir criticamente sobre que tipo de respostas serão apresentadas nesse contexto.

 

Na maior parte das situações, ao se depararem com esse tipo de pergunta, usuários apresentarão recomendações baseando-se nas suas próprias experiências. Ainda que essas respostas já ofereçam um bom indicador, afinal, partem das experiências de quem já teve contato com as ferramentas, também se limitam a isso: são fruto de trabalhos e projetos com necessidades e demandas específicas. Será que também vai funcionar no seu contexto de projeto?

 

Além dessas respostas em “boa fé”, também é bastante comum que funcionários e donos de ferramentas brasileiras utilizem desse espaço para tentar vender seu peixe. Dessa forma, a indicação não vem necessariamente num contexto de cliente satisfeito (que teria certa legitimidade para fazer a recomendação), mas como resposta automática para atrair mais leads. É preciso, portanto, ter bastante cuidado não apenas com qual está sendo a indicação, mas de quem está partindo – será que o usuário que respondeu uma ferramenta X, também trabalha na empresa X e ganha algum tipo de comissão para esse tipo de indicação?

 

Ter essas duas ressalvas em mente não significa que você não deva pedir por indicações e recomendações de outros profissionais da área. Esse pode ser um dos passos a seguir na busca pela ferramenta ideal, mas chamamos a atenção aqui para que ele não seja o único – ou o principal. Fazer uma boa escolha é essencial para que todo o trabalho de monitoramento ocorra conforme previsto, sem que se torne uma dor de cabeça (muitas vezes) irreparável no futuro. Como seguir com responsabilidade? Nós sugerimos seguir os passos a seguir:

 

  1. Eu preciso de uma ferramenta para…

 

A primeira pergunta a se responder na busca por uma ferramenta de monitoramento é: qual é a sua necessidade? Você precisa medir os resultados da sua campanha (como num contexto de performance)? Compreender melhor seu público-alvo (de maneira mais qualitativa)? Descobrir novas audiências, segmentos e tendências (do mercado e da internet)? Comparar a sua marca com concorrentes diretos e indiretos? Estruturar um trabalho de atendimento e relacionamento com os clientes na internet?

 

É essa resposta que será capaz de nortear não apenas a escolha pela ferramenta ideal, mas todo o processo metodológico necessário para a execução de um bom trabalho de monitoramento de mídias sociais. Isso quer dizer, em outras palavras, que não há “a melhor ferramenta” do mercado, mas aquela mais apropriada à sua demanda. A escolha, portanto, vai depender da adequação das capacidades – em termos técnicos e gerenciais – da plataforma às suas necessidades cotidianas de trabalho.

 

  1. Como será o seu projeto?

 

Ainda que nesta fase você supostamente não tenha o briefing do monitoramento, é importante começar a entender – e escrever – como serão definidos alguns dos processos do trabalho para que você consiga verificar quais ferramentas podem te atender ou não. Se é um projeto para a estruturação de um time de relacionamento digital, por exemplo, você precisa ficar atento à usabilidade e capacidade de coleta de dados das ferramentas, além da capacidade técnica de integração com as APIs.

 

É também neste momento que é necessário pensar na estrutura do projeto: qual é o tamanho do meu escopo? Qual deve ser meu universo de coleta, classificação e análise? Quantas contas terei necessidade de operar? Responder essas perguntas é importante para começar a localizar, na prática, qual ferramenta você consegue bancar. Isso porque várias plataformas, tanto brasileiras quanto internacionais, vendem planos de acordo com volume de coleta e/ou quantidade de bancos de dados.

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