O debate sobre gestão de conhecimento ainda é um tema muito pouco discutido entre profissionais e gestores de agências de comunicação no Brasil. Com demandas cada vez mais urgentes, sobra pouco tempo para que esses ambientes essencialmente comunicacionais e interativos olhem para dentro a fim de verificar se o formato do trabalho tem sido realmente produtivo em todas as suas esferas de atuação. O primeiro passo, portanto, é jogar uma luz nesse tema ainda obscuro para que seja possível pensar como evoluir a partir daí.
No nosso primeiro livro, Monitoramento e Pesquisa em Mídias Sociais: metodologias, aplicações e inovações, lançado em novembro de 2016, a professora Cinara Moura elucida as principais questões que envolvem as formas de criar e gerenciar o conhecimento dentro das organizações – com foco principalmente em agências de comunicação. No capítulo “Gestão do Conhecimento como facilitadora da inteligência de dados em Agências de Comunicação”, ela explica a importância dessa prática enquanto vantagem estratégica de negócio oferecendo um referencial teórico que aborda as espirais da gestão do conhecimento e oferece algumas dicas para a implantação de práticas que auxiliem na eficiência operacional do dia a dia. A pergunta-norte é: como implementar um processo de Gestão do Conhecimento em Agências de Comunicação?
“No caso de agências de comunicação, muitas vezes as próprias estruturas de informação e os modelos mentais de trabalho transformam-se em obstáculos para a Gestão do Conhecimento. Chega a ser contraditório o fato de ambientes tão dinâmicos – que se nutrem geralmente da última tendência que emerge do comportamento humano e da tecnologia, estruturando-se fisicamente em Open Spaces – repetidamente não conseguirem criar fluxos de compartilhamento de conhecimento eficazes.”
A resposta passa por quatro instâncias importantes que não são sequenciais ou ordenadas, mas interligadas e interdependentes: criação ou inovação – criando espaços propícios ao conhecimento; codificação, registro e mapeamento – sistematizando o caminho desconhecido; compartilhamento – estabelecendo fluxos e minimizando silos de informações; apropriação e acúmulo de conhecimento: a hora dos resultados. Todo esse processo “não tem o sentido de burocratizar, mas, ao contrário, de sistematizar o ciclo, organizando os mecanismos para que informação circule em etapas” – ou seja, trata-se de organizar a casa para aumentar a produtividade e colher os melhores frutos que sua equipe pode oferecer a todo o ciclo de trabalho.
Esse processo de gestão de conhecimento passa por todas as áreas de uma agência de comunicação – Business Intelligence, monitoramento, métricas, planejamento, etc. – ou de qualquer outa empresa, uma vez que o foco não é temático, mas operacional. A autora, depois de passar pelo embasamento teórico que desbrava as etapas de implementação do processo, ainda oferece sugestões práticas que podem ajudar, na prática, a criação e gestão do conhecimento no dia a dia de uma agência de comunicação.
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