Fique ligado, em agosto será realizado o curso Influência nas Mídias Sociais: Perspectivas do Consumo, Política e Saúde, oferecido pelo Centro de Pesquisa e Formação do SESC-SP, onde será discutido sobre a operação da esfera da influência digital. Com a crescente explosão de atores e actantes com potenciais influentes nas plataformas sociais, é de extrema importância debater o tema com profissionais da área e tirar dúvidas sobre o assunto.
O impacto dessa mudança de comportamento do usuário já é documentado em fenômenos tão diversos quanto a disrupção do mercado da comunicação e publicidade; movimentos ativistas, reacionários e progressistas; e também tanto na construção de apoio social coletivo sobre saúde quanto na divulgação de notícias falsas.
Confira a programação do evento:

  • Tarcízio Silva – Estudos de Plataforma e Metrificação da Influência em Ferramentas: 28/08

A primeira seção do curso se debruçará sobre a configuração dos atuais ecossistemas da comunicação digital, sobretudo em torno de conglomerados de plataformas como Facebook e Google. Através da perspectiva dos Estudos de Plataforma, realizará resgate crítico de como as affordances do ecossistema digital engendraram a cultura da metrificação do cotidiano e autogestão de indicadores de relevância.

  • Wesley Pinheiro – Panorama das Práticas de Influência e o Trabalho do “Influenciador”: 28/08

As práticas do mercado de influência nas mídias sociais do ponto de vista da comunicação organizacional serão apresentadas, dando atenção ao histórico de referências já presentes no imaginário coletivo das audiências digitais. Reunindo paralelos com práticas anteriores da cultura dos influenciadores, o curso trará também um foco na emergência dos chamados influenciadores mirins.

  • Antonio Brotas –  Influência e Saúde – Vozes Emergentes e Dissonantes: 29/08

A mediação da imprensa sempre foi importante para o setor saúde, com influência na formação da agenda, na implementação e na avaliação de políticas públicas na saúde. A ascensão das mídias sociais permitiu a disseminação dos focos de informação e emergência de novas associações e modelos. A relação médico-paciente sofre tensão com o empoderamento de pacientes que desejam interferir no diagnóstico e no tratamento de saúde. Pacientes estão articulados em grupos que possibilitam a conexão de milhões de pessoas. Essas redes buscam atuar diretamente nas políticas públicas e até mesmo no financiamento de pesquisas endereçadas a descobertas de novas tecnologias. Essa associação serve também de anteparo social e psicológico para troca de informações e experiências, apoio mútuo entre os seus membros, além de orientação para produtos e serviços de saúde. Em sentido oposto à proposta colaborativa de promoção à atividades em saúde, há existência de grupos que promovem comportamentos abusivos. Perpassam os transtornos alimentares, as doenças mentais e consumo de álcool, drogas psicoativas e outras formas de automedicação.
O monitoramento e análise das mídias sociais passaram, ainda, a ocupar papel importante para a vigilância epidemiológica e sanitária como predição para identificação antecipada de surtos e epidemias, inclusive com aplicações pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e na tentativa de controle de uso excessivo de medicamentos e/ou efeitos adversos. Trabalhar a mídia social para profissionais, gestores e especialistas em saúde é de fundamental importância para a compreensão das disputas e complexidades das novas formas de interação da sociedade contemporânea e como isso interfere no modelo de promoção à saúde, principalmente quando emergem grupos e redes das mídias sociais na atuação para as campanhas antivacinas.

  • Marisa von Bulow – Influência, Democracia e Busca de Informação Eleitoral: 30/08

Esta palestra debaterá a ideia de “influência” nas plataformas contemporâneas de mídias sociais a partir do foco no ativismo político. Como lideranças de movimentos sociais e candidatos a eleições têm aproveitado o potencial que as mídias sociais oferecem? Por um lado, as mídias sociais oferecem maior visibilidade e a oportunidade de interagir com uma audiência que dificilmente seria alcançada de outra maneira; por outro lado, essas plataformas exigem cada vez mais profissionalismo e recursos. A partir de resultados de pesquisas realizadas no Chile e no Brasil, serão apresentados exemplos de melhores práticas, assim como de estratégias digitais que não tiveram sucesso. Também serão analisados os dados sobre usos de mídias sociais no Brasil e os possíveis impactos eleitorais das chamadas “fake news”.

  • Jaqueline Buckstegge – Mercado da Influência na Comunicação Política e Eleições: 30/08

O ambiente digital tem se tornado cada vez mais espaço de disputa de fala quanto à comunicação política. Seja pela ampliação de conectividade do cidadão brasileiro ou pela relevância que os estrategistas de comunicação institucional têm dado ao digital, redes sociais tem se transformado na forma mais direta de diálogo entre os diversos atores políticos e a sociedade brasileira. No entanto, eventos recentes tem limitado cada vez mais o controle do fluxo comunicacional, assim como a compreensão de comportamento dos usuários. O debate discute limitações de trabalho e perspectivas para o trabalho em mercado de redes sociais como plataforma de comunicação política e eleitoral.

curso

As informações para a produção desse texto foram retiradas do site Centro de Pesquisa e Formação – Sesc São Paulo.

---
Para quem quer se aprofundar mais no uso de dados na política, o Ibpad lançou uma Formação completa com quatro cursos incríveis, confira:

Dados & Mapas – Identifique regiões de eleitores leais utilizando bases geolocalizadas
Pesquisas Eleitorais – Para tomar decisões corretas utilizando pesquisas de opinião
Pesquisa Qualitativa – Para entender como os eleitores pensam utilizando grupos focais
Inteligência de Dados em Mídias Sociais – Para quem quer ser relevante nas redes monitorando e analisando dados online