Já faz muito tempo que trabalhar com publicidade (ou comunicação, de maneira geral) não é mais sinônimo de criar peças publicitárias. As últimas duas décadas mudaram por completo o ecossistema midiático o qual o mercado publicitário (de agências e empresas) estava acostumado, cujo fator talvez mais emblemático dessa transformação seja a cultura de dados que se estabeleceu. De modo simples, com a internet e todas as novas tecnologias digitais de informação e comunicação, nunca tivemos – na história da humanidade – tantos dados à disposição.
É nesse contexto que novos (já-não-tão-novos-assim) cargos e áreas ganharam muita relevância dentro de agências e departamentos de marketing, tornando-se também peças decisivas de toda e qualquer estratégia de negócio. Essa famosa cultura data-driven depende, hoje, de profissionais capacitados a operar ferramentas específicas de extração/gerenciamento de dados de diversas fontes: mídias sociais, sites, apps, etc. Entretanto, é importante ter em mente que há diferentes operações com essa mesma finalidade de gerar inteligência de mercado a partir da análise de todos esses dados.
Um profissional de agência ou do departamento de marketing de alguma empresa (ou até mesmo um freelancer que atende pequenas empresas locais) pode: analisar dados de comentários, menções e respostas de canais nas mídias sociais; analisar cliques, visitas, vendas, captação de leads e outras métricas de campanhas publicitárias na internet; analisar toda a jornada do usuário até a transação final no site da empresa; analisar dados de negócio para cruzar com resultados digitais; além de muitas outras possibilidades.
Cada função dessa geralmente é exercida dentro de um escopo específico de operação, embora os papeis possam se cruzar. Confira abaixo quais são alguns desses cargos como aparecem nas nomenclaturas de vagas divulgadas na internet (em sites como o LinkedIn, por exemplo) para entender do que se trata cada uma dessas funções:
Marketing de Performance / Mídia Digital ou Online
O trabalho de performance talvez seja um dos que mais possui variações de nomenclatura (e também com a maior demanda atualmente no mercado): Marketing de Performance, Marketing com foco em Performance, Mídia de Performance, Mídia Online/Digital ou simplesmente Mídia.
É a “evolução” do profissional de mídia já comum nas agências, responsável pela aquisição – e atualmente ainda mais responsável pela mensuração – de espaços publicitários em meios de comunicação (antigamente, TV, rádio, impresso etc; hoje, sites, mídias sociais, apps etc.).
Esse profissional trabalha com ferramentas como Google Ads, Facebook Ads, LinkedIn Ads, Adwords, além de muitas outras com o intuito de fazer o acompanhamento e a otimização de campanhas online. Também são responsáveis pela produção de relatórios completos apresentando tanto as projeções de gastos quanto os resultados alcançados, constantemente com o auxílio de algumas ferramentas de tráfego como o Google Analytics e Google Tag Manager, além do Google Data Studio para a elaboração de dashboards.
Para aprender tudo sobre essas e outras ferramentas exigidas pelo mercado, a nossa mais nova formação de Analista em Performance Digital está com turmas abertas e preço de lançamento. São cinco cursos online com vasto e denso conteúdo sobre métricas, KPIs, performance de canais, web analytics, estatística e dashboards. O diferencial dessa formação está em alinhar o conhecimento prático das ferramentas com o desenvolvimento lógico para estimular a capacidade analítica a partir de conceitos, boas práticas e técnicas de análise de dados.
Business Intelligence / Inteligência de Dados
O profissional de Business Intelligence não é original ou exclusivamente da área de comunicação/publicidade, mas a nomenclatura foi adotada pelo mercado digital devido justamente à importância da análise de dados de mídia – online, digital e/ou social – em associação com outros dados de negócio, como vendas, CRM etc.
Em tradução livre, “business intelligence” significa “inteligência de mercado”, ou seja, trata-se de uma função que utiliza dos dados gerados ou adquiridos pelas companhias – novamente, a partir de diferentes fontes – para a tomada de decisões estratégicas.
Quando o trabalho é mais voltado para a interface de mídias digitais, o profissional de BI atua com ferramentas como o Google Data Studio e o PowerBI para construir dashboards que integram diferentes fontes de dados. O Supermetrics também é um famoso aliado nesse trabalho e bastante requisitado pelas empresas. Além dessas, outras ferramentas de mídia/performance, tráfego e até social listening – como Google Analytics, Google Ads, Facebook Ads e Stilingue – também podem fazer parte do escopo desse profissional.
Monitoramento / Social Insights
Diferente das outras funções, cuja matéria-prima geralmente são números (valores de investimentos, resultados de cliques/visitas, registros de vendas/atendimento etc.), o trabalho de monitoramento de mídias sociais – que também aparece com a nomenclatura de “Social Listening” ou “Social Insights” – é desenvolvido com a análise de dados conversacionais.
Ou seja, são textos que podem ser quantificados a partir de sua classificação/categorização. Aqui, tratamos comentários, menções e publicações realizadas nas mídias sociais (Facebook, Instagram, Twitter, YouTube etc.) tanto de consumidores quanto de empresas concorrentes.
As ferramentas exigidas são aquelas próprias de monitoramento: Stilingue, V-Tracker, Torabit, para citar apenas algumas populares no Brasil. Toda a operação – coleta, armazenamento, gerenciamento, gestão, tratamento, adição de informações, análise e apresentação dos dados – pode ser feita diretamente nessas plataformas. No entanto, o conhecimento avançado de planilhas e ferramentas de gráficos, além da associação a outras metodologias de análise (de redes e texto, por exemplo), podem ajudar a aprimorar os relatórios desenvolvidos.
A nossa formação em Data Intelligence é ideal para aqueles que pretendem iniciar ou que desejam aprimorar a sua carreira nessa área. A partir de seis cursos online, você vai aprender todo o escopo do trabalho de monitoramento/social listening, passando também por fundamentações importantes de estatística e visualização de dados. Para complementar o aprendizado, o curso de análise de redes expande as possibilidades de atuação e entregas, ensinando teoria e prática dessa metodologia que ganha cada vez mais relevância na internet.
Digital ou Web Analytics / Tráfego
Associado a nomenclaturas como “Analista de Digital/Web Analytics”, “Analista de Tráfego” ou até mesmo “Analista de e-commerce”, esse cargo de digital analytics / tráfego possui um foco maior na mensuração e análise de dados da web (visitas, cliques, tempo na página etc.), ou seja, de sites (geralmente) proprietários das empresas.
Há também alguns cargos cuja nomenclatura “Analista de Métricas” ou “Analista de Social Analytics” ainda se mantêm, no entanto, esse esforço de análise de métricas de mídias sociais (comum dez anos atrás, quando não era necessário “pagar para ser visto”) foi cada vez mais sendo atribuído aos esforços de performance e BI.
Os esforços de tráfego exigem o conhecimento de ferramentas como Google Analytics e Google Tag Manager para realizar esse acompanhamento, utilizando-se de dashboards como o próprio Google Data Studio, Qlik View, Tableau ou PowerBI para visualizar os resultados alcançados. Em algumas atribuições ainda mais próximas dos esforços de BI, há também o requisito por ferramentas de gerenciamento de dados da Adobe como Adobe Analytics, Adobe Audience Manager e Adobe Media Optimizer, ou outras DMPs (Data Management Platforms).
Esses são apenas alguns dos cargos mais comuns no mercado digital para quem possui o interesse em trabalhar com análise de dados. Assim como algumas ferramentas aparecem em mais de uma “função”, estas também acabam se entrelaçando a depender da empresa ou da agência. Performance, monitoramento/listening e tráfego (web analytics) talvez sejam as ramificações de requisitos para as vagas de “Business Intelligence” ou “Data Strategy”, cujo diferencial geralmente está no acréscimo de algumas ferramentas mais robustas de gerenciamento de dados.
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