Curso sobre a lógica do voto elucida comportamento do eleitor
O ano é eleitoral e falar de política está na ordem do dia. Mas o fato é que o brasileiro, cada vez mais, se interessa por debater os rumos do país. Se, antigamente, valia o ditado de que “política não se discute”, resultado de duas décadas de um período em que era até perigoso esse tipo de conversa, hoje, mais de 30 anos após a redemocratização, o assunto é natural em todos os lares e conversas de amigos. Atualmente, todos os pitacos são numa única direção: como o brasileiro vai votar em outubro?
E não falta é palpiteiro de plantão. Cada rodinha de amigos tem, pelo menos, um “entendido” no tema, que só empata com o futebol no quesito emoção. Mas arriscar uma opinião sem uma base de conhecimento mínima leva, naturalmente, a um monte de pitacos e “achismos” que nada têm a ver com o que passa nos corações e mentes do povo ao decidir seu voto.
Especialista fala sobre “conjunto de conhecimentos”
O cientista político Pedro Mundim, que ministra o curso “Entenda a Lógica do Voto” no Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), explica o que é e como funciona o que se convencionou chamar de “Ciência do Voto”. Longe de ser um conhecimento hermético e inacessível, diz ele, é um conjunto de conhecimentos sobre o próprio cidadão e a sociedade em que vivemos.
“É um campo do conhecimento que, se for tentar traçar as origens, vai remontar aos anos 40 do século passado. Muita coisa foi produzida sobre isso que estamos chamando de ciência do voto, com diferentes tipos de modelos explicativos”, afirma Mundim. Esses “modelos” nada mais são do que os elementos que compõem nossa vida: a realidade social, econômica, emocional, racional e até psicológica. Tudo junto, forma um pensamento que serve para orientar qualquer análise sobre o comportamento do voto.
Conhecimento vale para diferentes eleições
Segundo ele, “as teorias que estão dentro disso que chamamos de ciência do voto já conseguiram identificar certas características que, independente da localidade do indivíduo, vão ser capazes de prever como ele vai se comportar em diferentes eleições”, independente, por exemplo, do lugar ou do tipo de eleição que está sendo disputada. Pode ser local, regional ou nacional; para prefeito, governador ou presidente.
O curso vale não apenas para essas eleições, mas para todas. E para compreender como o brasileiro reage às transformações políticas e econômicas no país. Mas vale muito mais para enriquecer um bate-papo que, feito com informação e conhecimento, muito contribui para conhecer melhor nosso povo, suas necessidades e os desafios que política tem para resolvê-los.
---Para quem quer se aprofundar mais no uso de dados na política, o Ibpad lançou uma Formação completa com quatro cursos incríveis, confira:
Dados & Mapas – Identifique regiões de eleitores leais utilizando bases geolocalizadas
Pesquisas Eleitorais – Para tomar decisões corretas utilizando pesquisas de opinião
Pesquisa Qualitativa – Para entender como os eleitores pensam utilizando grupos focais
Inteligência de Dados em Mídias Sociais – Para quem quer ser relevante nas redes monitorando e analisando dados online