Saber os fatores que levam à escolha do candidato pode ser diferencial decisivo na estratégia eleitoral
É possível analisar o comportamento do eleitor e compreender as razões e sentimentos que, no Dia D, definem seu voto? Como escolhemos nossos candidatos?
O que nos leva a crer que um é melhor que o outro e merece nossa confiança? Responder essas e muitas outras perguntas é o objetivo de quem se dedica a estudar a Ciência do Voto.
Mas votar é uma ciência? Quem responde é o cientista político Pedro Mundim professor do curso “Entenda a Lógica do Voto”, no Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD).
“Ciência do voto é uma área do conhecimento dentro desse grande campo de conhecimento que é a ciência política, cujo principal objetivo é estudar o que a gente chama de comportamento do eleitor para entender o processo de decisão do voto e responder uma pergunta muito simples: por que as pessoas votam da maneira como elas votam? E tem uma subpergunta: quais são os fatores que mais importam para o eleitor escolher votar em candidato A ou B, independente da eleição que esteja ocorrendo?”
Conhecer o comportamento das pessoas independente do lugar
Segundo Mundim, justamente por se tratar de uma ciência, é possível fazer essa análise, independente de onde a eleição esteja ocorrendo e qual o cargo pretendido, seja prefeito, governador ou presidente.
“Quando a gente fala de uma ciência do voto, a gente sempre tem que entender que essa ideia de cientificidade tem duas características básicas: uma é que, quando o conhecimento é científico, significa que ele tende ou tem a ambição de poder explicar o comportamento das pessoas, o processo de decisão do voto das pessoas, em diferentes ambientes, independente do país, do estado ou da região onde a pessoa mora”, explica, destacando que a dimensão científica busca, justamente, estabelecer uma capacidade de previsão do comportamento.
Voto: Razão ou emoção?
No curso, ele analisa todas as correntes de pensamento que se dedicam a compreender um ato simples, mas que envolve uma série complexa de raciocínios e sentimentos no cidadão, bombardeado constantemente pela propaganda política, mas também pela sua própria realidade, como a economia do país, seu grupo social e seus sentimentos.
Aliás, o eleitor vota com a razão ou com a emoção? Rapidamente, para não dar spoiler do curso, pode-se adiantar que ambos são indissociáveis.
“De maneira muito simples, razão e emoção são duas dimensões do comportamento humano que não estão separadas, como se pôde pensar em algum momento. Elas estão juntas, caminham juntas e interagem o tempo todo na cabeça do eleitor. E isso que é interessante”, explica o professor.
O objetivo do curso é justamente dotar de capacidade analítica e estratégica, profissionais de campanhas eleitorais, que podem, a partir da compreensão do próprio eleitorado, definir ações e fazer planejamento de curto, médio e longo prazo para qualquer período eleitoral.
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Pesquisa Qualitativa – Para entender como os eleitores pensam utilizando grupos focais
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