Na batalha do dia a dia de uma campanha eleitoral, conhecimento de Mapas e Dados digitais define estratégias e táticas de tomada de território
Um ditado muito batido em epóca de eleição é que “ganha quem erra menos”. Não é exagero.
Uma disputa eleitoral nada mais é do que um grande esforço de comunicação e convencimento público num curtíssimo espaço de tempo. Uma verdadeira guerra.
E, como em qualquer guerra, ganha quem conhece melhor o território, sabe onde está seu alvo e o que ele pensa.
Eleição é como uma guerra, e usar Dados e mapas é a Munição
Conhecimento e informação são fundamentais e dominar técnicas e ferramentas de Mapas e Dados digitais, hoje, faz parte disso.
Quem explica é o doutor em Ciência Política e professor do curso de Mapas & Dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), Ricardo Gonçalves.
Conhecer o território e o alvo é um estratégia de guerra e de eleição
“A gente pode pensar no mapa sendo usado pra guerra. Você pode dar um tiro de canhão, sem conhecer nada do território, sem saber onde seu inimigo está, sem ter noção de elevação e de todas as definições desse terreno. Você vai ter uma chance de acertar seu inimigo. Mas se você sabe exatamente onde seu oponente está e sabe todas as características deste espaço em que se está guerreando, a chance desse tiro que você vai dar de acertar o alvo, é muito maior do que o primeiro tiro, que é dado de forma aleatória ou com algum conhecimento sem base em dados reais”, afirma.
A metáfora define exatamente o que ocorre numa eleição. Desde sempre, candidato que é candidato tem que “percorrer territórios”, ganhar aliados e enfrentar adversários.
Se antigamente isso se dava exclusivamente no plano físico, com o tradicional corpo-a-corpo, o aperto de mão, a distribuição de santinhos e os comícios, hoje temos mais um universo a ser conquistado: o digital.
Tecnologias inovadoras a serem usadas ao favor de uma eleição
E o que até bem pouco tempo podia ser comparado a uma carreata no escuro, já que o mundo digital era um mistério insondável, atualmente já é possível lançar luz sobre o caminho e evitar buracos e armadilhas na estrada.
Uma tecnologia totalmente nova e em transformação vem ajudando os estrategistas de campanhas a entender os labirintos do universo digital e, com isso, o espaço mais disputado dele: as redes sociais.
“Os dados e os mapas oferecem conhecimento sobre a realidade e, com isso, você consegue ter estratégias com probabilidade maior de sucesso. Consegue ter um alvo melhor para suas estratégias”, afirma Gonçalves, destacando que essse conhecimento de território com base em geografia eleitoral existe desde o início do século XX, quando surgiu o primeiro estudo do gênero, na França, em 1913.
Tecnologias Acessíveis para campanhas menores em época de Eleição
De lá para cá, os estudos evoluíram e se sofisticaram, mas eram praticamente inacessíveis a campanhas menores, com poucos recursos.
No meio digital aconteceu o mesmo, mas a rápida evolução tecnológica dos últimos 20 anos fez com que esse cenário começasse a mudar.
Um trabalho que precisava de uma equipe enorme de especialistas, máquinas poderosas, com grande capacidade de processamento e caríssimas no início dos anos 2000, hoje pode ser feito por uma única pessoa e um notebook.
“Consegue-se muito dados abertos e com ótimos softwares gratuitos e cada vez mais fáceis de serem utilizados. É uma técnica cada vez mais acessível para campanhas menores e que não tenham tanto orçamento. Hoje, um único analista consegue desenvolver projetos de mapas eleitorais com facilidade”, ensina Gonçalves.
Como usar Mapas e Dados em Campanhas Eleitorais
No IBPAD, Ricardo é o responsável pelo curso de Dados e Mapas para as Eleições 2022, no qual ensina justamente como utilizar as ferramentas corretas para coleta de dados, seu armazenamento, cruzamento e, finalmente, a análise de dados e sua distribuição espacial com objetivo eleitoral. Um conhecimento decisivo em uma campanha eleitoral profissional.
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Dados & Mapas – Identifique regiões de eleitores leais utilizando bases geolocalizadas
Pesquisas Eleitorais – Para tomar decisões corretas utilizando pesquisas de opinião
Pesquisa Qualitativa – Para entender como os eleitores pensam utilizando grupos focais
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