As eleições para a Presidência do Brasil deste ano devem trazer figuras já conhecidas pelo grande público. Nas pesquisas de intenção de voto, os cinco pré-candidatos à frente na disputa possuem vasto histórico político – dentre Lula, Jair Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, talvez apenas o penúltimo não seja tão familiar aos brasileiros.
Cada um deles construiu (e continua construindo), ao longo dos anos, uma marca política de relativamente fácil associação. O que mudou consideravelmente na última década, entretanto, é quais plataformas são utilizadas para essa construção: se na década de 2000 eram emissoras de rádio, TV e jornais impressos que conduziam essas construções, há alguns anos a internet se tornou a melhor mídia para desenvolver esse trabalho.
Nas mídias sociais, os presidenciáveis gerenciam suas figuras públicas de modo a reforçar os discursos que desejam comunicar ao público. Além de textos, as imagens que compartilham também dizem muito – às vezes, até mais do que 280 caracteres. A rede abaixo foi gerada a partir da interpretação das imagens dos perfis dos cinco pré-candidatos no Instagram com auxílio de técnicas de inteligência artificial. Os nós da rede são tanto as imagens quanto as labels atribuídas no processo, e as arestas representam as conexões entre imagens e labels, bidirecionalmente.
É possível observar, no cluster de Bolsonaro, labels como Army officer, Soldier, Conservatism e Social Christian Party; já para Lula, Worker’s Party, Lula Institute, Fernando Haddad, dentre outras. Essas e outras descobertas foram realizadas pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados no relatório “EM BUSCA DO MELHOR ÂNGULO: a imagem dos presidenciáveis no Instagram – uma análise quanti-qualitativa com inteligência artificial”.
Neste estudo de caso, foram analisadas todas as imagens e vídeos publicadas em 2018 nos perfis do Instagram de cinco pré-candidatos: Lula, Jair Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin. Tendo em mente o Instagram como plataforma visual, o olhar foi direcionado ao aparato imagético de cada pré-candidato. Com o auxílio de técnicas de inteligência artificial, foi possível identificar as principais linhas editoriais dos presidenciáveis, quais e quem possuem melhores resultados e como se apresentam quanto a formatos e temáticas.
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