A convite da Equipe de Conservação da Amazônia (ECAM), com o apoio da USAID dentro do Programa Territórios Sustentáveis e Programa Novas Tecnologias, o IBPAD realizou uma oficina de capacitação aos jovens quilombolas de comunidades em territórios de Oriximiná (PA), cujo foco era a operacionalização de análise dados e estatística. Desde 2016, os jovens trabalham na aplicação de uma pesquisa em 35 comunidades de Oriximiná, visando identificar problemas e diagnosticar a realidade dentro das dimensões de planos de vida e metas de médio a longo prazo trabalhadas por eles junto à ECAM. Foram contemplados assuntos das áreas de cultura, fortalecimento institucional, habitação, saúde, educação, meio ambiente e geração de renda.
O IBPAD, inicialmente, recebeu as bases de dados e fez a análise descritiva dos resultados da pesquisa e elaborou uma metodologia que ensinasse os jovens e as lideranças questões práticas de análise de dados ao mesmo tempo que conscientizasse os participantes da oficina dos potenciais e limitações de trabalhos de pesquisa. Junto com os jovens e lideranças comunitárias, que aprenderam na teoria e na prática como gerir um processo de pesquisa, os dados coletados foram interpretados, considerando desde a estruturação da base, desenvolvimento de lógicas de análise e uso de ferramentas básicas para construção do relatório.
Com isso, os jovens também aprenderam a elaborar gráficos, fazer conexões e associações com perguntas diferentes, resultando em cruzamento que aprimoram as respostas a perguntas de pesquisa e analisar outras possibilidades que poderiam ser realizados com esses dados coletados.
Em três dias de intensas atividades, os jovens e líderes – com muita vontade de aprender e se desenvolver – construíram um relatório descritivo com apontamentos de ações básicas, caminhos e soluções para que as lideranças consigam implementar nas comunidades e levarem uma vida melhor e mais consciência aos quilombolas.
A oficina faz parte do Programa Novas Tecnologias e Povos Tradicionais (Compartilhando Mundos) que atua com capacitações das ferramentas tecnológicas para os povos tradicionais (quilombolas e indígenas). Essa atividade enfatiza a necessidade de empoderamento para que sejam responsáveis pelas transformações dos locais onde moram, tenham acesso a dados socioeconômicos e fortaleçam cada vez mais a luta do seu povo e pelos seus objetivos.
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