A partir dos recentes casos de assédios contra as mulheres que repercutiram nas mídias sociais, a Scup realizou um estudo baseado no monitoramento das palavras: estupro, assédio, abuso sexual e violência sexual.
No período de 30 dias do monitoramento foram coletados 261.630 tweets, onde um dos primeiros casos de comoção social que recebeu cerca de 15 mil menções no twitter, foi a denúncia feita pela escritora Clara Averbuck através do facebook – referente ao assédio realizado por um motorista. Os outros casos com grande repercussão e que geraram cerca de 32.824 tweets, foram as 2 ocorrências de abusos em transportes públicos na Av. Paulista, realizados por Diego Ferreira de Novais, que depois de ser absolvido da primeira ocorrência agiu da mesma forma três dias depois.
Durante a análise quatro personalidades foram frequentemente citadas e como mostra o gráfico abaixo, o Juiz que absolveu o autor da primeira agressão nos transportes públicos foi a personalidade com a maior taxa de menções. Ressaltando que as pessoas se referiram ao Jonathan Cunha (motorista) e ao Diego, como “estuprador”, “assediador” e “bandido”, deixando o índice relacionado a ambos consequentemente mais baixo.
A análise de sentimento realizada para entender as reações das mulheres sobre o tema, mostra que raiva e medo foram os sentimentos mais demonstrados nos tweets, já os termos mais ligados a estes sentimentos foram “estupro”, ”bandido” e “homens”.
As palavras ligadas ao termo “vítima” também foram coletadas no monitoramento e “vergonha” foi uma das mais citadas, como consta abaixo:
Em sua finalização, o estudo aponta algumas hashtags específicas em torno dos acontecimentos #meumotoristaabusador e #meucorponãoépúblico que tiveram muito mais repercussão do que as hashtags frequentemente utilizadas em prol à luta contra a cultura do estupro #MeuCorpoMinhasRegras e #MexeuComUmaMexeuComTodas.
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